BRASÍLA SUPER RÁDIO FM 89,9 MHZ

Todos os domingos 11h00min e 22h00min

 Programa apresentado em 16 de Novembro de 2008

Um artigo programado para ser publicado ainda em Janeiro de 2009, na revista Free Radical Biology and Medicine relatou os achados de uma pesquisa da UCLA, em Berkeley, mostrando que a suplementação de vitamina C reduz a Proteína C reativa (PCR), um marcador biológico de inflamação associado ao aumento de risco de doença cardiovascular e diabetes. A pesquisadora chefe Gladys Block, professora emérita de epidemiologia e saúde pública, orientou um estudo randomizado em 396 não-fumantes que receberam 1000mg de vitamina C, 800 UI de vitamina E ou um placebo por dois meses. Os níveis de PCR foram medidos antes a após o citado período. Vale registrar que embora nenhum efeito para a vitamina E foi verificado, assim como para a vitamina C entre os integrantes do grupo com níveis normais de PCR ultra sensível, aqueles portadores de níveis elevados desse parâmetro, definido como 1mg por L, apresentaram com a vitamina C uma baixa de 0,25mg em comparação com o uso do placebo, aliás, uma baixa semelhante à produzida pelas estatinas, drogas prescritas geralmente para reduzir o colesterol elevado. Segundo a Dra. Blok, essa é uma importante característica para a vitamina C, que é ineficaz para as pessoas com níveis normais de PCR ultras sensível, inferiores a 1mg por L, mas muito eficaz para aqueles com níveis mais elevados. É digno de nota que a mescla ou agrupamento de indivíduos com níveis elevados e normais de PCR pode mascarar os efeitos da vitamina C. O bom senso sugere e a pesquisa pôs em evidência que os marcadores biológicos são só passíveis de redução se estiverem altos. Aliás, a pesquisadora observou que um trabalho relatado semana passada no JAMA, não apontou nenhuma associação entre a suplementação com as vitaminas C e E e o risco de ataque cardíaco ou derrame cerebral e falhou em detectar nos participantes a elevação da PCR, dado importante para identificar os indivíduos suscetíveis de se beneficiar com a vitamina C. Em outro estudo denominado Jupiter, relatado recentemente, divulgado na mídia há uma semana, os pesquisadores da Harvard apontaram que as estatinas reduziram a morbidade e a mortalidade de doenças cardiovasculares em indivíduos com lipograma normal e PCR elevado. Segundo a pesquisadora, houve redução de 37% da PCR pelas estatinas em comparação com o tratamento com placebo. Segundo o estudo “um dos pontos altos do Jupiter foi o de incluir somente participantes com PCR acima de 2mg por L. Mas como relata a observadora Dra. Blok: os pesquisadores ressaltaram a importância de reduzir o PCR em pacientes que já eram portadores de níveis elevados no início do estudo. Por sinal, em geral as pesquisas têm revelado que o nível de PCR indica futuro risco de doenças cardiovasculares, incluindo infarto do miocárdio, derrame cerebral e doenças arteriais periféricas e admite-se que a PCR é um importante indicador de problemas cardíacos futuros assim como níveis elevados de LDL e baixos níveis de HDL. Foi sugerido por alguns pesquisadores que pessoas com níveis elevados de PCR devam tomar estatinas como preventivo. No entanto, é mais interessante optar pela vitamina C à vista dos resultados alcançados, não só pelos temíveis efeitos colaterais das estatinas (até mortais), incluindo depressão, baixas hormonais, baixa da Coenzima Q 10, alterações hepáticas, impotência sexual, dores musculares generalizadas, como pelo baixo custo da suplementação com a vitamina C. A Clínica Nutricional solicita a análise da Proteína C ultra sensível a todos os pacientes e faz os ajustes nutricionais além dos suplementos sempre que necessário. Por hoje e só e até o próximo programa.

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