Os achados relatados no artigo publicado online em 6 de Maio de 2010 no Proceedings of the National Academy of Sciences apontam que a vinpocetina, um derivado da vincamina obtido de uma planta (vinca minor), pode ser útil no tratamento de doenças associadas à reações inflamatórias crônicas tais como aterosclerose, doença pulmonar crônica obstrutiva, artrites, doenças infecciosas e câncer. Por sinal, a vinpocetina é até um suplemento dietético usado há vários anos para prevenir distúrbios cerebrovasculares e perda da memória. Entretanto, o potencial de benefícios para outros distúrbios ainda não tinha sido avaliado. O pesquisador Chen Yan, PhD do Cardiovascular Research Institute da Universidade de Rochester e cols relataram que a vinpocetina age com um agente antiinflamatório em um modelo animal de inflamação pulmonar e em culturas de células. Foi constatado que a vinpocetina inibe uma citocina, o TNF alfa, após a ativação experimental de vários mediadores proinflamatórios em células endoteliais, epiteliais, macrófagos e células de musculatura lisa ligadas à pele, aos aparelhos respiratório e circulatório e ao sistema imunológico. A vinpocetina trabalha produzindo a inibição do IKK, o sistema enzimático envolvido na resposta celular à inflamação, acentuada pela ativação do NF-kappa beta, o fator de transcrição ou resposta à agressão inflamatória. Os autores apontam que não obstante os conhecidos efeitos da inflamação no processo mórbido, as terapias com os antiinflamatórios convencionais não esteroidais inibidores da COX 2, tipo Celebra e Vioxx, resultam em efeitos colaterais prolongados de alta gravidade, até mortais, o que torna necessário a introdução de novos antiinflamatórios eficientes e menos agressivos. Aliás, a inflamação é um marco de destaque em uma vasta série de doenças humanas, e a vinpocetina pode ter uma grande potencial em inúmeras indicações, segundo o coautor do estudo Bradford C. Berk do Centro Médico e professor de microbiologia e imunologia da Universidade de Rochester, a vinpocetina exibe um excelente perfil de segurança. Previamente, a maioria das drogas testadas nessa área falharam não só pela ineficácia, mas por questão de efeitos colaterais e há uma grande necessidade de um recurso terapêutico como a vinpocetina por não haver boas opções quando há necessidade do uso prolongado dessa classe de medicamentos. Por falar em soluções naturais, o DHA, ou AG docosahexanóico, componente do óleo de peixe, também tem uma grande eficácia no combate às citocinas proinflamatórias do organismo. O AG GLA do óleo de prímula ou borragem é um precursor da PGE1 , um agente de alta potência antiinflamatória gerado no organismo.Outro recurso recomendado é o DHEA,um hormônio da supra-renal que declina com a idade e é capaz de suprimir a IL-6, uma citocina proinflamatória. O DHEA pode ser usado como suplemento capaz de retardar o envelhecimento, ainda não muito receptivo nos foros da medicina convencional. O extrato de urtiga é capaz de suprimir a citocina inflamatória TNF-a. Além disso, o mix de vitamina E contendo gamatocoferol e tocotrienois e a vitamina K agem com antiinflamatórios e a N acetil cisteina, é um poderoso antioxidante com propriedades antiinflamatórias, que exerce ação antiviral e hepatoprotetora. Por hoje é só.

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