VITAMINA D e ARTRITE REUMATÓIDE

Um artigo publicado online em 25 de Março de 2010 na publicação Environmental Health Perspectives aponta que o aumento da vitamina D no organismo por uma maior exposição solar (em horários adequados) tem uma ação preventiva contra a artrite reumatóide (AR), uma doença auto-imune de causas ainda não esclarecidas. Para a presente pesquisa, a professora de saúde ambiental Verônica Vieira e cols, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, analisaram os dados do Nurses Health Study que abrangeu a observação de enfermeiras norte-americanas a partir de 1976. Quatrocentas e sessenta e uma participantes com diagnóstico de AR entre 1988 e 2002 foram comparadas com outras 9.229 pessoas não portadoras da doença e assumidas como referência. A pesquisa analisou a associação entre o risco de artrite reumatóide e o endereço residencial segundo o preenchimento de questionários completados a cada dois anos no período de 1988 a 2002. Os autores constataram um risco maior de desenvolver a artrite reumatóide entre as mulheres que viviam no norte dos Estados Unidos, o que sugere uma menor exposição solar e subseqüente a reduzida produção de vitamina D pela pele poderia ser um fator no desenvolvimento da AR. Foi observado um risco discretamente mais alto para as residentes em latitudes altas, ou seja, no norte dos EUA desde 1988 em confronto com a data do diagnóstico de AR sugerindo que a exposição prolongada ao fator de risco podia ter mais importância do que a exposição recente. Segundo a pesquisadora Vieira, há maior risco na vida em viver nas latitudes setentrionais, ou seja, no Norte, onde há menos luz solar, o que resulta em deficiência de vitamina D, um resultado inesperado já que antes do estudo, os autores estavam mais interessados na correlação com a poluição atmosférica e não com o risco de viver em latitudes de alta ou baixa exposição solar. Também uma associação geográfica com as latitudes altas foi observada para a esclerose múltipla e a doença de Crohn ou Ileíte regional, que são doenças auto-imunes provocadas pela baixa de vitamina D resultante da insuficiente exposição solar e dos efeitos de alteração da imunidade provocados por essa deficiência. Uma análise posterior para investigar a relação entre a vitamina D e a AR é planejada em estudos futuros para explorar esses resultados. A artrite reumatóide é uma doença auto-imune degenerativa que ataca as articulações por uma resposta imunitária anormal, sendo menos comum do que a osteoartrite, degeneração articular associada ao envelhecimento que afeta predominantemente as mulheres. Os primeiros sintomas ocorrem entre os 25 e os 50 anos e às vezes ocorre em crianças. Diferentemente da osteoartrite, a AR é uma doença sistêmica podendo afetar outros órgãos além das juntas, como os vasos sanguíneos, coração, sistema nervoso e complicações pulmonares. O diagnóstico da AR, incluindo a análise da proteína C reativa e de citocinas, deve ser apoiado com uma boa base nutricional, visto que certos alimentos podem agravar os sintomas. O suporte nutricional e a retirada de alimentos impróprios que devem ser substituídos na composição alimentar é de grande valia no tratamento da AR, em face da alta agressividade dos remédios convencionais. É importante o diagnóstico da deficiência de vitamina D, que tem ocorrido até em Brasília, uma cidade de grande exposição solar durante quase todo o ano. A suplementação de vitamina D pode ser preventiva e auxiliar no tratamento da AR. A Clínica Nutricional em seu programa faz o diagnostico de carências vitamínicas e minerais em laboratório associado e propõe correções do estilo de vida capazes de melhorar a qualidade e expectativa de vida. Por hoje, é só.

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