SUPER RÁDIO FM 89,9 MHZ – DOMINGOS às 11:00hs e com reprise às 22:00hs– TEXTO (na íntegra) apresentado em 02 de Março de 2008
Foi publicado na revista Biological Psychiatry, de 15 de Dezembro 2007, o resultado de uma pesquisa dirigida pelo Dr Baolu Zhao e cols. da Academia Chinesa de Beijin, que confirmou um efeito protetor do chá verde em um modelo experimental da doença de Parkinson. Por sinal uma pesquisa anterior conduzida pela mesma equipe verificou que os polifenóis do chá verde que exercem ação antioxidante demonstravam um efeito protetor in vitro, ou seja em tubo de ensaio ou fora do organismo. É sabido que a doença de Parkinson resulta da perda de células que produzem dopamina, denominadas células dopaminérgicas, localizadas em vários centros cerebrais. A dopamina é um neurotransmissor de importância fundamental na fisiologia cerebral, precursor natural da adrenalina e da noradrenalina.Tem como função a atividade estimulante do sistema nervoso central e sua escassez pode estar associada ao mal de Parkinson, na denominada via dopaminérgica de certos núcleos cerebrais, a saber a substância nigra e o núcleo estriado. É sabido que os tratamentos convencionais produzem melhoras, mas não revertem o problema e podem ter sérios efeitos colaterais. Por falar nisso, as formas reativas de oxigênio, ou seja, os radicais livres, incluindo derivados de nitritos e nitratos presentes no metabolismo podem contribuir para a morte celular das células dopaminérgicas que leva à doença de Parkinson. Na pesquisa em tela, o Dr Zhao verificou que o tratamento com o chá verde, rico em substâncias protetoras, os polifenóis, age de forma dose-dependente, e exerce um efeito protetor sobre os neurônios de ratos submetidos à ação de uma neurotoxina especifica para a células dopaminergicas, a 6 OHDA. Por sinal, essa substância, muito usada em experimentos em neurociência, é um análogo de neurotransmissor que reduz os níveis de dopamina nas terminações nervosas e também no próprio tecido cerebral, e age mediante a produção de radicais livres, capazes de destruir as células nervosas. O autor do trabalho expressou a esperança de que os polifenóis do chá verde possam ser aperfeiçoados sob a forma de um produto de fácil administração para a doença de Parkinson, o que foi considerado pelo editor J.H. Krystal da Universidade de Yale, como um importante avanço em face das confirmadas propriedades neuroprotetoras dessa bebida popular na China e Japão, na prevenção do problema parkinsoniano. Como se sabe a doença de Parkinson é um doença neurológica devastadora que priva os pacientes do controle da sua capacidade de controle dos movimentos. A definição das causas do distúrbio, assim como a cura dessa doença descrita em 1917 pelo médico inglês James Parkinson ainda estão pendentes, apesar dos neurocientistas apresentarem constantes avanços no esclarecimento dessa patologia. Embora até o presente não tenha sido achado um agente neuroprotetor ideal, outros estudos recentes têm demonstrado que a coenzima Q 10, em doses altas, age sobre as mitocôndrias, aumentando o nível de energia dos neurônios, e graças às propriedades antioxidantes, pode exercer uma boa ação neuroprotetora. Por sinal, há um estudo de MF Beal de 2003, que mostrou o retardo da progressão da doença de Parkinson com a coenzima Q 10. A Clínica Nutricional tem plena experiência na indicação do Chá Verde e na prescrição do coenzima Q 10, ou ubiquinona, desde as primeiras apresentações realizados nos cursos de terapias ortomoleculares, há mais de 20 anos e é um produto disponível no mercado brasileiro. Há uma forma mais potente de Coq10, o ubiquinol ainda não disponível do Brasil . Por hoje é só.