Uma apresentação referente a uma pesquisa ainda a ser apresentada no 11º Simpósio Internacional sobre Aminoácidos a ser realizado em Agosto de 2009, em Viena, com autoria de cientistas da Universidade A & M do Texas, demonstrou que o aminoácido arginina ajuda a reduzir o ganho de gordura em ratos obesos, dado esse que pode ser aplicado no tratamento da obesidade humana. Esse estudo foi financiado pela American Heart Association e publicado no Journal of Nutrition de Fevereiro corrente. O pesquisador Guoyao Wu e cols alimentaram dois grupos de 24 ratos, sendo um alimentado com uma ração rica em gordura e o outro grupo de 24 com outra ração pobre em lipídios já iniciada na quarta semana de idade. Após 15 semanas de observação, 8 ratos de cada grupo foram examinados. Aqueles que receberam a ração mais rica em calorias, com 40% do teor calórico em gorduras, evidenciaram 18% de aumento de peso e 74% de aumento de gordura branca em comparação com o grupo de animais que receberam apenas 10% do total de calorias sob a forma de gorduras na sua ração. Por sinal, o tecido adiposo branco é a forma mais comum de depósito de gordura também em humanos em oposição à gordura marron. Os restantes animais dos dois grupos foram divididos seja para receber na água da ração 1.5 % de arginina ou para receber 2.55 % do aminoácido alanina como controle, em cotejo com que os outros animais que mantiveram a ração anterior. Após 12 semanas de suplementação o aumento de peso corporal nos ratos que receberam a ração rica em gorduras foi 40 % inferior no grupo que recebeu arginina em comparação com o grupo controle. Quanto aos animais que receberam uma baixa ração de gorduras o ganho de peso foi 60% inferior no grupo da arginina em comparação com os animais que receberam alanina. O aumento de depósito da gordura branca aumentou 98 % nos animais que receberam alanina na ração, ao passo que os que receberam arginina o aumento foi em média de 35 %. Também a suplementação de arginina foi associada com baixo nível sérico de leptina, glicose , trigliceridios, uréia, glutamina e aminoácidos de cadeia ramificada assim como melhor tolerância à glicose. Os pesquisadores concluíram que a arginina promove o aumento da massa magra acima do aumento de depósito de gordura, um achado observado em outra pesquisa feita em porcos. Dr.Wu afirmou que investigações futuras serão realizadas também em crianças e adultos obesos. Dada a presente epidemia de obesidade nos EUA e no mundo, esses achados são marcantes e podem ser direcionados para o combate a obesidade humana. Até o presente, a arginina não foi incorporada nos regimes, mas pode ser no futuro. Por sinal, a Clínica Nutricional, tem feito ensaios clínicos com a arginina em outras patologias. Vale relembrar que o aminoácido arginina é ativador do sistema imunitário e estimula a glândula timo promovendo a produção de leucócitos e a do hormônio do crescimento. Por hoje é só e até próximo programa.

Dr.Arnoldo Velloso

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