SUPER RÁDIO FM 89,9MHZ – AOS DOMINGOS 11:00h e 22:00h TEXTO (na íntegra) apresentado no dia 13 de Abril de 2008

Um artigo publicado online em 7 de Abril de 2008 na revista Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que células humanas cultivadas em meio de cultura carente em magnésio apresentaram sinais de senescência ou envelhecimento acelerado. Aliás, pesquisas anteriores já indicavam que o aumento da senescência celular pode levar também a lesões nos tecidos e promover o desenvolvimento de doenças associadas com o envelhecimento. Os pesquisadores David W. Killilea e Bruce N.Ames, do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Oakland da California, cultivaram fibroblastos humanos, células que são elementos da estrutura de muitos tecidos, sobretudo do tecido conjuntivo, em um meio nutriente pobre em magnésio nos quais o nutriente foi adicionado para prover as percentagens de 13%, 50% e 100% do nível encontrado no soro sanguíneo humano. Embora não fosse observada redução da capacidade vital celular, notou-se que as células com o meio nutritivo pobre em magnésio apresentaram um envelhecimento acelerado verificado pelo aumento da atividade do biomarcador beta-galactosidase, que é um parâmetro associado com o envelhecimento celular. Igualmente as células deficitárias também apresentaram uma acentuada perda do comprimento do telômero comparadas com ás células nutridas com as soluções de concentração normal de magnésio. Já falamos sobre o telômero em programas anteriores, um componente dos cromossomos, que se encurta progressivamente com o passar dos anos e o avanço da idade até o fase final, quando ocorre a falência total dos tecidos e órgãos e a morte do organismo. Os telômeros são estruturas de sequências de DNA que envolvem as extremidades dos cromossomos como um capa de proteção que naturamente se encurtam com a idade até a perda da capacidade funcional. Dessa forma, os telômeros estão relacionados com o envelhecimento e o câncer. Segundo os pesquisadores, o mecanismo de ação que envolve o efeito da deficiência do magnésio na senescência celular pode envolver um aumento do estresse oxidativo, termo que designa a ação dos radicais livres, subprodutos do metabolismo, que são capazes de danificar os células, tecidos e órgãos e naturalmente os telômeros. Por sinal, a suplementação das vitaminas antioxidantes C e E, assim como a niacinamida podem retardar o encurtamento dos telômeros em culturas de células humanas. A conclusão dos pesquisadores sobre a ação da carência de magnésio nas culturas de fibroblastos humanos é que ocorre uma aceleração do processo de envelhecimento. Dando minha opinião como pesquisador associado à Sociedade Internacional de Pesquisas sobre o Magnésio há várias décadas, o presente estudo indica que o magnésio como anti-oxidante, age como um preventivo do envelhecimento precoce e das doenças degenerativas, retardando o encurtamento dos telômeros como um estudo japonês, de 1991, que demonstrou com a vitamina C. A Clínica Nutricional tem longa experiência na recomendação de águas, alimentos e suplementos com múltiplos compostos de magnésio, indicados como preventivo da senilidade precoce e doenças degenerativas. Por hoje é só.

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