SUPER RÁDIO FM 89,9MHZ – AOS DOMINGOS 11:00H e com  reprise 22:00H – TEXTO (na íntegra) apresentado em 16 de setembro de 2007.

Pesquisadores da John Hopkins publicaram na revista Cancer Cell que a vitamina C pode prevenir o câncer, como já foi proposto por vários cientistas, inclusive Linus Pauling, mas de uma forma diversa da primeira hipótese referente a propriedade antitumoral. Por sinal, o conceito anterior admitia que a propriedade antioxidante da vitamina C prevenia contra o câncer protegendo o DNA contra os RL, no entanto a pesquisa em tela apontou um novo mecanismo que é inibição do crescimento tumoral em um meio pobre em oxigênio. O chefe da pesquisa, Chi Dang, que é professor de medicina e oncologia, experimentou a propriedade da vitamina C e da N-acetil–cisteina (outro antioxidante) em camundongos, que receberam implantes de linfomas ou de cânceres do fígado, tumores esses que produzem um grande número de RL. Grupos de controle também implantados com os tumores não receberam proteção antioxidante. Ao examinar o DNA dos animais que não receberam a proteção antioxidante, constatou-se com surpresa um baixo nível de lesões. Segundo Ping Gao, um dos colaboradores, se a lesão do DNA, ou seja, do código genético, não parecia estar afetada como causa do câncer, também se concluía que a possível proteção dos antioxidantes não estaria relacionada com um dano no código genético. A pesquisa revelou que uma proteína conhecida como fator inductor de hypoxia, que é dependente dos RL, estava reduzida nos animais tratados com antioxidantes. Por sinal, essa proteína possibilita a sobrevivência tumoral no meio pobre em oxigênio que cerca os tumores de crescimento rápido. Por falar nisso, quando a célula está carente em oxigênio, o fator indutor da hipóxia ajuda a fazer a compensação promovendo a conversão da glicose em energia sem usar oxigênio, a denominada respiração anaeróbia, e promove a construção de novos vasos, a denominada angiogênese para trazer um novo suprimento de oxigênio. É curioso que novamente a pesquisa demonstrou que as células tumorais contêm uma variante do fator indutor de hipóxia que não depende de RL, e contra essas células tumorais os antioxidantes são totalmente inoperantes. Os benefícios potenciais anticâncer dos antioxidantes constituem a força motriz que dirige as pesquisas para muitos estudos cínicos e experimentais e o fato de descobrirem os mecanismos exibidos pelos antioxidantes, torna a sua aplicabilidade mais adequada para o uso terapêutico. Como assinalou o Dr.Dang a pesquisa demonstrou o valor insubstituível de deixar os pesquisadores seguirem o seu faro científico nesse campo, para revelar conexões difíceis de serem entendidas. Como foi assinalado pelos trabalhos de S. Hercberg em 2004, em estudos prolongados com a suplementação de vitamina C em associação com outros antioxidantes, houve evidência de redução do risco de câncer e resultados semelhantes foram constatados por F.Meyer em relação ao câncer da próstata e por LA Mooney em relação ao câncer do pulmão em 2005. A Clínica Nutricional no seu programa curativo e preventivo dispõe dos exames em laboratório associado, para detecção do desequilíbrio entre os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, assim como, para implementar a prescrição de nutrientes como vitaminas e minerais, incluindo a terapia intravenosa de Omega 3, indicado para o tratamento pós-traumático e pós-cirúrgico de doenças degenerativas e como auxiliar no tratamento oncológico e pós-cirurgico tumoral. Por hoje é só e até o próximo programa.

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