INVESTIGAÇÃO BIOQUÍMICA X PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Um artigo publicado online em Setembro de 2009 no Journal of Gerontology: Medical Sciences, relatou os resultados de um estudo de homens e mulheres de idade acima de 65 anos projetado para revelar fatores de mortalidade em um período médio de observação de 13 anos. Com a colaboração de pesquisadores de diversas universidades americanas o estudo avaliou os dados de 5.888 participantes na denominada Coorte de Estudos de Saúde Cardiovascular, para determinar os fatores de risco, as conseqüências e a história de doenças cardiovasculares em idosos masculinos e femininos de quatro comunidades dos EUA. Os participantes foram entrevistados e examinados no registro inicial entre 1989 a 1993, e acompanhados por até 16 anos, período em que foram documentados registros de internação hospitalar, eventos cardíacos e óbitos. Os fatores de risco analisados no estudo foram a idade, gênero, renda, peso, tabagismo, atividade física, história da doença contada pelo próprio paciente, doença cardíaca congestiva, doenças coronárias, capacidade vital para avaliação respiratória, estenose aórtica, pressão arterial sistólica, uso de diuréticos, teste de diagnostico do apo E4, que aumenta o risco de Alzheimer, glicose em jejum, nível de albumina sérica e de creatinina, proteína C reativa, interleucina-6. Também o registro de atividades do dia-a-dia e testes de função cognitiva. Durante o período de seguimento, 1.099 óbitos foram causados por doenças cardiovasculares, 297 por derrames, 798 por câncer, 392 por demências, 197 por doenças pulmonares, 262 por infecções e 1.203 por outras causas. O tempo médio de sobrevida ficou acima de 80 anos para os homens e acima de 87 anos para as mulheres. Aliás, o estudo revelou que os afro-americanos, em média, tiveram uma sobrevida menor do que os caucasianos ou euro-descendentes. Por sinal, a idade, tabagismo, função pulmonar, peso, função cognitiva, história de insuficiência cardíaca congestiva, doenças coronárias e parâmetros sanguíneos se mostraram associados com a mortalidade geral no estudo. É interessante notar que o índice de massa corporal revelou uma baixa de risco de morte para qualquer causa inclusive as cardiovasculares, demenciais, pulmonares ou infecciosas. Além do fator idade, poucos fatores foram apontados como causas múltiplas de mortalidade. Por sinal, as ditas causas de múltiplos riscos de mortalidade foram identificadas mais em associação com doenças cardiovasculares e menos devidas a outros fatores. Segundo os autores, além da idade, o fator de risco de mortalidade mais evidente é o nível de interleucina-6, por ser um um marcador da função imunitária desregulada que sobe durante uma inflamação crônica, e está associado a fragilidade orgânica, mortalidade total e invalidez em outros estudos. Também a disfunção renal e a pulmonar se mostraram capazes de se incluir entre as causas múltiplas de morte. Os achados de um fator de risco comum como a interleucina -6 suporta o conceito de que há um estado de declínio ligado à idade que não é especifico para uma doença propriamente dita. A importância da inflamação e das funções cognitiva, renal e pulmonar sugere que esses sistemas têm menos reserva e declinam mais fortemente com o passar do tempo ou com a exposição a fatores de risco ou simplesmente têm menos mecanismos de adaptação ou de reparo do que os outros sistemas. Em termos de prevenção, o estudo sugere os tratamentos que visam como alvo as doenças cardiovasculares e a inflamação e assim têm o maior potencial de aumentar a longevidade. A Clínica Nutricional faz um rastreamento bioquímico com 36 parâmetros em laboratório associado e está capacitada para identificar os apontados fatores de risco e fixar os meios de correção. Por hoje, é só.

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