Vitaminas C e E  X  risco de mortalidade

O American Journal of  Epidemiology  publicou  online em 13 de Julho corrente os resultados de um estudo feito por pesquisadores do Centro de Pesquisas de Cancer Fred Hutchinson  apontando que indivíduos que tomam suplementos de vitaminas C e E e evidenciaram um menor risco de morte em um período de cinco anos em comparação com outros que não seguiram essa prática. A pesquisadora Gaia Pocobelli e cols avaliaram os dados de 77.673 participantes no denominado Vitamins and Lifestyle Study de homens e mulheres  na faixa de idade entre 50 e 76 anos. Mediante questionários preenchidos  entre 2000 e 2002  foram levantadas informações sobre o uso de suplementos nos dez anos anteriores. Os óbitos que ocorreram nos cinco anos seguintes foram classificados como doenças cardiovasculares, câncer ou outras doenças. Por sinal, ocorreram  3.577 mortes  sendo que os participantes  que fizeram o uso dos suplementos de vitaminas C e E evidenciaram um menor risco de morte de qualquer causa em comparação com outros que não fizeram uso dos mesmos suplementos. Aliás os participantes foram classificados em grupos com doses maiores ou menores das vitaminas: os participantes de um terço ou 30 % do grupo com um dose diária media de 322.1 mg por em um período de 10 anos tiveram um risco 11% menor de morrer do que os não usuários dos suplementos. Quando o levantamento de dados se limitou aos participantes não fumantes, aqueles qualificados no terço ou 30 %  com a maior dose de suplementação evidenciaram um risco  24 % menor de morte do que os não usuários dos suplementos ao passo que o risco foi 20 % menor para os usuários classificados no terço ou 30% do grupo com suplementação de dose maior de vitamina E em comparação com o grupo arrolado no terço com doses menores. Por falar nisso, também foi constatada um baixa de risco para os participantes cujo índice de massa corporal era igual ou superior a 30 e para outros com hábitos de ingestão de frutas e hortaliças abaixo da média. Segundos os autores os achados apontam para uma correlação maior entre o risco total de mortalidade e o uso de vitaminas C e E entre pessoas com maior IMC e menor  consumo de frutas e hortaliças realçando o fato de que o impacto das vitaminas C e E e o risco total de mortalidade pode ser mais evidente entre indivíduos com maiores níveis de estresse oxidativo. Além disso, a correlação entre o uso das vitaminas C e E  e o risco total de mortalidade foi maior em não fumantes do que em fumantes de vicio recente, embora se admita que o fumo aumenta o estresse oxidativo. No tópico referente à causa de mortalidade, o uso de multivitaminas de 6 ou 7 dias por semana foi associado com o um risco 16 % menor de morte por doença cardiovascular enquanto que o uso de vitamina E na dose media  de 215 mg/dia  foi associada com um risco 28 % menor. Os autores comentam que o estresse oxidativo que pode ser prevenido em parte pelas vitaminas antioxidantes tem efeito nocivo sobre o DNA, as proteínas  e lipídios do organismo, o que pode resultar em câncer ou arteriosclerose. Entretanto recomendam cautela na interpretação dos achados, em face dos usuários de suplementos também adotarem outras mudanças de estilo de vida que podem reduzir a eclosão de doenças graves e mortalidade correspondente. A Clinica Nutricional em seu programa faz o diagnostico de carências vitamínicas e minerais em laboratório associado e propõe correções do estilo de vida  capazes de melhorar a qualidade e expectativa de vida. Por hoje é só.

Categoryradio